Se você trabalha na área de Pessoas/Gente&Gestão/Recursos Humanos.. de uma empresa e se mantém minimamente atualizado(a) com o mercado, é provável que já tenha ouvido falar da importância de se investir em “Employer Branding” ou, traduzindo, “Marca Empregadora”.
Pois bem, o termo que representa a reputação de uma marca enquanto experiência de trabalho tem ganhado cada vez mais relevância nestas últimas décadas, mais cadeiras nas empresas e mais espaço no currículo de profissionais, sobretudo aqueles ligados a áreas como administração e comunicação.
Mas, se você ainda não entendeu bem a razão do porquê construir e gerenciar a marca empregadora da sua empresa, tudo bem! Te apresento aqui 8 simples argumentos para tal. Confira abaixo:
Por que investir em Marca Empregadora?
#1 Nova geração (Z/W)
Muitas empresas buscam renovar seus talentos focando em profissionais dessas gerações, que têm até seus 20 anos. Eles são os primeiros realmente nativos digitais desde o nascimento e são muito exigentes quanto a seu consumo e, por que não, sua carreira.
O que é importante saber sobre eles é que, diferente dos Baby Boomers, ou geração X, eles têm desejos intangíveis; valorizam mais algo experiencial do que físico; preferem comunicações adaptadas por cada canal e público, requerem alta qualidade em tudo o que recebem e têm atenção esparsa.
Tudo isso é um prato cheio para aqueles que possuírem uma boa marca empregadora, capaz de oferecer uma proposta de valor e uma experiência encantadora e diferencial a seus candidatos e colaboradores, além de uma comunicação inteligente, personalizada e atrativa.
#2 The Future of Jobs
Nosso modelo de produção mudou consideravelmente nos últimos anos. O próprio Machine Learning já está avançando para o chamado Deep Learning e a Inteligência Artificial, que permite que as tecnologias tomem decisões como seres humanos. Isto impacta altamente os
empregos, que, por sua vez, exigirão menos habilidade manual (que ferramentas e robôs serão capazes de fazer por nós) e cada vez mais alta habilidade técnica, além de comportamental (as soft skills).
Nesse cenário, também a marca empregadora se torna uma estratégia-chave, ao permitir que sua empresa atraia as melhores pessoas. Afinal, os talentos preferem trabalham em lugares que contribuam para seu desenvolvimento, propósito e sonho.
#3 Mídias Sociais
Esse ponto quase dispensa explicação, não é? Basicamente, essas redes se tornaram o espaço mais frequente de comunicação entre marcas e consumidores. No entanto, elas demandam alta transparência e espontaneidade. E apenas com uma marca bem construída e gerenciada, uma empresa consegue transmitir sua verdade e personalidade através de uma comunicação coerente e autêntica.
#4 Data Explosion
Temos tantos dados nesse mundo, mas tantos dados, que apenas nos últimos anos conseguimos organizar todos eles em nuvem e apresentar às empresas. Olhe para as principais empresas do mundo (Apple, Alphabet, Facebook…). Todas são empresas organizadoras de dados!
Nesse contexto, é preciso saber coletar, analisar e usar dados a seu favor de forma inteligente. As pessoas simplesmente não aceitam mais comunicação e estratégias de massa. Precisamos conhecer profundamente os nossos públicos e criar valor de forma assertiva. A marca empregadora defende isso. Conhecendo nossa empresa, nossas personas e construindo e monitorando continuamente a interação entre elas, podemos tomar decisões mais embasadas e eficientes em termos de pessoas. Assim, alcançamos melhor sucesso em nosso negócio também.
#5 Mobile Journey
Quem aqui não se vê quase o tempo inteiro ao lado de seu celular? Hoje, ele não só nos mantém em contato com nossos amigos e familiares, mas também, e sobretudo, com as marcas que consumimos e empresa/pessoas com as quais trabalhamos.
Uma vez que isso afeta bastante o comportamento das pessoas e profissionais, deve ser um ponto de atenção para as empresas contratantes. Com o crescente uso do celular e dos smartphones, as pessoas se tornaram mais atualizadas, mas também mais ansiosas, imediatistas e distraídas. Com isso, é preciso que as marcas (empregadoras) se diferenciem e se conectem ao dia a dias das pessoas, oferecendo comunicações e experiências mais atraentes e memoráveis.
#6 Cultura Ágil
Já abordei esse tema neste texto aqui, mas se considerarmos uma matriz entre oferta de Direção e Autonomia, podemos ver diferentes possibilidades de cultura corporativa, desde a mais burocrática (alta direção e baixa autonomia) até a mais caótica (alta autonomia e baixa
direção).
Por isso, torna-se cada vez mais necessária a construção de uma cultura ágil, em que há alta direção, mas também alta autonomia, ou seja, as pessoas têm alto conhecimento de negócio e tecnologia combinada para realizar o que é preciso e mais. É uma cultura centrada no cliente e de crescimento rápido, representada por empresas como Air BnB, Spotify, Netflix, e outras.
Neste contexto, há uma guerra entre os pioneiros (que primeiro testam novos modelos) e os colonizadores (grandes empresas que aprendem com erros dos pioneiros e lançam suas soluções depois, de maneira mais segura). Logo, todos estão competindo pela inovação e tecnologia. E, para tornar isso possível, todos competem pelos melhores talentos. Quem ganha no final? Quem for capaz de oferecer mais autonomia com direção, para que estes talentos tenham agilidade de realização, mas, principalmente, agilidade de aprendizado e crescimento.
#7 Empoderamento
Hoje, graças às redes, existe o que chamamos de Mass Self Communication, ou seja, toda uma audiência para uma pessoa só. Basicamente, o que vemos hoje é que a tecnologia empodera todos a serem também emissores de conteúdo e mensagem, não apenas receptores como antigamente. As grandes audiências não são mais exclusivas da TV e das grandes redes de mídia.
Logo, o impacto de um único colaborador e sua voz é muito maior também! Em níveis de credibilidade, vemos que a marca tem perdido reputação para o jornalismo e, mais ainda, para o consumidor e/ou colaborador, que transmite melhor uma ideia de verdade quase absoluta. Neste cenário, alguém duvida que é super importante gerenciar uma marca que construa comunicações e experiências positivas para seus funcionários e saiba muito bem como gerir um relacionamento de longo-prazo com eles?
#8 Economia Ética
Ela está discretamente presente em alguns pontos anteriores, mas merece uma atenção única. As novas gerações que comentamos lá no motivo #1 têm, como falamos, novos valores, novos conceitos e novos desejos. Temos, então, que entendê-los e nos adaptar a eles.
Um desses pontos é justamente a demanda por marcas mais éticas, que cumpram com uma função social e tragam valor não só para os seus executivos e investidores, mas bem para seus colaboradores, consumidores, fornecedores, parceiros e a sociedade no geral. Uma marca que seja honesta, íntegra, incorrupta, empática e sensível a questões culturais e de diversidade e que, de certa forma, mostrem-se vulneráveis e abertas ao diálogo.
Não é possível ter apenas uma marca que objetiva interesses financeiros e comerciais, é preciso ter objetivos quase comunitários. A construção e gerenciamento de uma marca empregadora pressupõe isto, a criação e entrega de valor compartilhado e relacionamentos
de longo-prazo. E claro que isto culmina em bom reconhecimento, boa percepção e boa reputação.
Com tudo isso, espero que você esteja agora mais aberto(a) a entender todo o potencial de investir em uma marca empregadora para sua empresa. Não se trata apenas de atrair e reter os melhores profissionais contigo, trata-se de construir valor e relevância, capazes de tornar seu negócio diferencial e bem-sucedido em qualquer mercado em que atue. Se quiser se especializar mais neste assunto, confira aqui o curso exclusivo na trampos ACADEMY.
Não é possível vencer sem time e não há reconhecimento da vitória sem torcida. Construa uma marca que você respeite e admire e, assim, poderá realizar os feitos mais respeitáveis, admiráveis e memoráveis.
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