Competição no mercado de trabalho é normal, para não dizer necessário, em alguns casos, para a sobrevivência nesse meio.
Quando discutia com a redatora do Muse, Kat Boogard, sobre como a sua falta de competitividade a atrasou na sua vida profissional, ela disse:
Eu acredito piamente que o mundo seria um lugar melhor se todos focássemos em ajudar e encorajar uns aos outros… Mas, por outro lado, eu também aprendi uma lição importante: por mais legal que isso tudo soe, as coisas não necessariamente funcionam dessa forma quando se trata da sua carreira. O mercado de trabalho é frustrantemente impiedoso, na maior parte do tempo.
E ela está certa – você não vai ganhar aquela promoção a menos que você trabalhe mais e mais rápido do que outras pessoas, você não vai coordenar aquele projeto dos sonhos ao menos que prove ao seu chefe que você merece, e você não vai sequer pegar um pedacinho do bolo de aniversário se você demorar muito para chegar na cozinha.
Vamos brincar de advogado do diabo por um momentinho aqui.
E se você colocar de lado suas conquistas pessoais e começar a tentar crescer junto com todo mundo? Isso levaria a algum lugar ou só faria com que todos ficassem estagnados?
É exatamente isso que algumas das mulheres ocupando os mais altos cargos na Casa Branca decidiram fazer, segundo um artigo recente do The Washington Post. Diante da terrível desvantagem de ser mulher num mundo político dominado por homens, elas perceberam ser extremamente difícil tornar suas ideias ouvidas numa sala cheia de homens. Elas constantemente eram interrompidas por homens (ato chamado de “manterrupting“) ou tinham suas ideias ignoradas, depois repetidas por um homem, que só então era valorizada.
Então, o que elas fizeram para combater isso?
Elas começaram a se ajudar: “Funcionárias mulheres adotaram uma estratégia de reunião que elas chamam de ‘amplificação’. Quando uma mulher faz traz um ponto importante, outra repetia a ideia, dando créditos a autora. Isso forçava os homens na sala a reconhecer essa contribuição – e impedia que eles pegassem os créditos da ideia”. E isso funcionou! Os homens na sala, incluindo o presidente Obama, começaram a ouvir mais às opiniões dela, porque duas ou três vozes são mais fortes do que uma.
Essa estratégia não é só para mulheres na política – ela serve para todos nós. Ao invés de só competir uns contra os outros e tentar superar as ideias dos colegas, nós poderíamos escolher apoiar o que nossos colegas dizem. Não porque nos sentimos obrigados a isso, mas porque realmente concordamos e acreditamos no valor dos pontos levantados.
Pense nisso: nenhuma reunião vai a lugar algum quando todos estão tentando se cortar e se interromper o tempo todo – é quando você tira tempo para ouvir e discutir um ou dois pensamentos principais que você realmente começa a ver as coisas andarem.
Então, a próxima vez que alguém tiver uma boa ideia que não foi notada, dê apoio – porque trabalhar com pessoas inteligentes e talentosas também te faz ficar melhor na fita.
Como você contribui para a maior participação e inclusão de mulheres e minorias na sua empresa?
Está na hora de agir em prol da diversidade
Está na hora de agir em prol da diversidade
Compreenda os novos aspectos da comunicação sobre gênero e diversidade com atividades práticas e resolução de problemas, como melhorar a comunicação das marcas e torná-la genuína na abordagem desses assuntos.
Ana Paula Passarelli
Publicado originalmente em [ The Muse ]. Tradução e adaptação por Tutano.