Se você trabalha com comunicação, provavelmente já se perdeu nos dados dos relatórios do Google Analytics. Mesmo depois de acessá-lo 1.000 vezes, ainda podemos vislumbrar dezenas de possibilidades e coisas para conhecer. Vamos te mostrar em alguns passos como transformar essa relação its complicated com exemplos reais daqui do trampos e por que todo profissional de comunicação deveria ter um Certificado do Google Analytics.
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Vamos lá!
Primeiro passo: entenda por que
Se você ainda não vê o Analytics como uma ferramenta superfunkicalifragisexyfoda, vai um resumo:
Ao conseguir entender quem é seu público e como ele se comporta dos anúncios às suas páginas, você terá ideias muito melhores para decidir o que oferecer, quando oferecer e como oferecer seu produto ou serviço.
Ainda está cético? Bem, há uma lista gigante de razões para você rever seus conceitos. Listo aqui 10 exemplos básicos:
- Saber exatamente quais esforços estão valendo a pena (e quais não)
- Quais mídias estão funcionando melhor (e quais não)
- Saber quem (e quando) está clicando nos seus anúncios
- Ver de onde raios veio uma compra específica
- Verificar por onde a pessoa navega até comprar seu produto/serviço
- Ou em que ponto ela abandona seu site para descobrir como melhorar esta página
- Entender que tipo de imagem e conteúdo as pessoas gostam mais
- Constatar que tipo de texto chama mais atenção do seu público no seu site ou anúncios
- Saber uma média de quantas pessoas devem acessar uma página do seu site para gerar o faturamento que você está planejando
- Conseguir fazer previsões mais certeiras de gastos, ganhos, esforços e tráfego com o marketing da sua empresa.
Ou seja, com um certificado como esse no currículo, quer dizer que manja decentemente desses paranauês, e é um grande passo para ser um bom estrategista e tomador decisões difíceis relacionados a Marketing Digital.
Segundo passo: entenda com um exemplo real
Para você que é curioso(a) e gostaria de saber como a gente aqui no trampos usa o Analytics, vou mostrar um exemplo básico.
Como estamos no Facebook?
Nós queríamos saber como nossos anúncios dos cursos do trampos ACADEMY estavam performando e se postar no Facebook ainda valia a pena. Então começamos a organizar nossas campanhas fanaticamente, utilizando as UTMs tags do Google. Basicamente, é um exercício em que você modifica todos seus links nos seus anúncios para obter relatórios mais ricos.
Por exemplo, se alguém clica neste link http://trampos.co/?utm_medium=affiliate&utm_source=tutano.trampos.co&utm_campaign=trampos&utm_content=publique+um+trampo eu sei que esta pessoa clicou num link que estava emum post do Tutano, que falava algo sobre publicar um trampo com a gente. Leia aqui tudo sobre tageamento de Campanhas no artigo da Annie Cushing.
Nomeamos as campanhas de acordo com cada produto ou serviço, organizamos as nomenclatura de origem, mídia e conteúdo de anúncios para conseguirmos identificar de especificadamente os diversos anúncios que fazemos. E voilà: passamos a taguear nossos links lindamente (sim, o começo foi bem difícil, erramos muito e os ajustes são contínuos). O exemplo abaixo mostra detalhes sobre o tráfego relacionados ao curso Dialog, durante um curto período de tempo.
Primeiro analisamos o básico: de-onde-vem-quem. Já dá para ver que o tráfego de referência do trampos.co é o campeão. Reparou como o tráfego aumentou da semana do dia 29/09 para 5/10?
O responsável por 36% de tráfego para o Dia.log é este cara aqui, na home do trampos.co:
Pois bem. Antes não era 36%. Há algumas semanas, com a ajuda de Heatmaps, analisamos como o usuário médio utiliza a home do trampos. Vimos que cerca de 0,35% dos cliques levavam as pessoas para o ACADEMY. Aí fizemos um teste que talvez você tenha percebido: nós só trocamos esta seção de lugar com o mural mural de vagas (Mais recentes, Great Places to Work, etc), para deixar o ACADEMY em mais evidência.
Vê o aumento de pontos amarelos e vermelhos em algumas áreas? Significa que muitas pessoas estão clicando ali. Resultado: houve um aumento de cerca de 30% de tráfego de referência do trampos.co para o ACADEMY de forma geral, alterando rapidamente algumas linhas de código. Começaram a aparecer interações que antes eram irrisórias, como na flechinha para ver mais cursos.
Mas a gente estava falando de Facebook
Os insights no Analytics aparecem assim: você quer ver uma coisa e, de repente, ele te dá um tapa na cara pra você prestar atenção em outro dado. No final do dia sua bochecha está em carne viva e sua pressão 20×12 porque você quer mudar tudo e fazer 500.000 testes.
Voltando ao relatório
O Facebook corresponde por cerca de 16% do tráfego. Muito bom! Mas pô, até aí, o próprio Facebook nos dá essas informaçóes de cliques e engajamento. É aí que entra todo o lance de tagueamento de links UTM. Utilizando os filtros e mudando os parâmetros, a gente tem uma ideia melhor e de forma muito mais rápida do que ficar resgatando relatórios do Facebook do que funcionou por lá. Mesmo puxando do FB, teríamos que consultar o Analytics para ter em mãos cenários mais macro e micro da coisa.
Agora filtrando só o tráfego que veio do Facebook para focarmos nestes dados:
E pronto. Temos um relatório que nos traz os dados de performance das nossas postagens específicas de Facebook da campanha Dia.log (vale lembrar que pode ser automatizado). Bem recortadinho e bonitinho: tudo depende de como você tagueia seus links com as tags UTM.
Aqui já tiramos algumas conclusões: os posts da semana 1 e espeficadamente o post “catioros” performaram muito bem e representam junto 43% do tráfego vindo do Facebook. O que fazer com esta informação? Analise, tente descobrir por que deu certo e aplique isso nas suas próximas postagens, caso seja conveniente.
Já aquele post com a tag “semana 1b” ou “teaser” nos traz outro insight: cara, não é bem por aí. Tente outra abordagem. Utilize outra imagem. Faça mais testes. Reveja.
Aliás, taí o catioro responsável por boas interações com o post:
Mas, atenção, não é porque algum anúncio que tem uma porcentagem pequena que deve necessariamente deve ser revisada ou descartada! O anúncio “grupos” por exemplo levou alguns minutos para ser feito, entretanto é responsável por 5% do tráfego do Facebook. Tudo é uma questão de ROI, ou seja, o retorno que você teve em relação a quanto suor você colocou nessa tarefa. Portanto, o mesmo vale para um anúncio que teve um bom engajamento, mas foi gasto centenas de recursos: nem sempre vale a pena.
Terceiro passo: busque e fixe o conhecimento necessário
O próprio Google, lindo como ele é, fornece um bom ponto de começo para você estudar bem para o teste GAIQ:
- Fundamentos da Análise digital
- Princípios da plataforma do Google Analytics
- Análise de comércio eletrônico
- Princípios básicos do Mobile App Analytics
Os vídeos estão em inglês, mas têm legendas para nosso Brasil Varonil. O conteúdo tem um ritmo acelerado, então tome seu tempo para pausar, anotar e digerir. Anotar é muito importante para ajudar seu cérebro a fixar as informações e isso já foi comprovado em muitos estudos. E se tiver uma oportunidade de testar os conceitos com um site que você administra, melhor ainda.
Assisti-los com certeza te deixarão preparado(a), mas ainda há muitas partes que provavelmente vão te deixar com poker face, cara de samambaia ou coisas semelhantes. Especialmente se você é de humanas como eu (bicho, eu sofro muito com Analytics).
Então além de ler mais sobre o assunto, a dica essencial que damos é: saia um pouco do computador e interaja com pessoas que manjam, que já trabalham há um tempo com isso. Tire suas dúvidas e debata. É preciso ter experiência e tutano (tchanam!) para fazer o Google Analytics trabalhar bem para você. E, como há diversas formas de utilizá-lo, não é uma ciência exata com fórmulas prontinhas.
Aproveitando a deixa, fica a dica: estamos com o curso “Google Analytics para profissionais de marketing” no trampos ACADEMY, em parceria com a DP6. Justamente porque acreditamos na necessidade de conhecer essa ferramenta (o número de vagas que pede esse requisito mostra bem a importância de entendê-la). Pode ter certeza de que essa galera já passaram de tudo com a ferramenta e vai tirar todas suas dúvidas cara-a-cara. A DP6 é uma agência especializada no assunto que tem clientes como Oi, Vivo, Natura, Gol, Bradesco, Fiat, entre outros.
[call-dp6-analytics source=”12623-certificado-google-analytics-essencial” titulo=”Aprenda tudo o que você precisa saber sobre Analytics”]
Quarto passo: prepare-se para o teste do certificado Google Analytics
Primeiro já te dou parabéns por ter lido até aqui e não ter caído babando no teclado (espero). Mas vamos lá: o teste Google Analytics Individual Qualification (GAIQ) leva cerca de 90 minutes e tem 70 questões de verdadeiro/falso e múltipla escolha. Você vai precisar acertar no mínimo 56 questões, o que corresponde a 80% do total.
Antes de ir nos finalmentes, aqui tem um site bacana que que faz um simulado – que palavra nostálgica, senhores e senhoras – do teste. Faça uma pesquisa e guarde os melhores artigos que você encontrou sobre o assunto.
Quinto passo: o teste, mel dels
Primeiro, te acalma. Se você seguiu todos os passos e sente que está preparado(a), então provavelmente está tudo muito bem. Resgate aqueles artigos que você guardou e deixe-os abertos, de preferência em outra tela ou dispositivo. Páginas mais óbvias como a página de ajuda do Analytics e guias rápidos como esse da Blast Analytics & Marketing ajudam bastante para relembrá-lo de algumas coisas durante o teste.
É isso. Agora é só acessar o teste! Depois, me conte depois como foi e se esse textão foi útil.
Coloque já no seu currículo e comece a se aplicar a vagas como essas aqui.
Referências: algumas dicas foram adaptadas do blog da Viget. Também recomendo a passarem no blog da DP6 e da Annie Cushing. Seus artigos são boas referências de conhecimento e boas práticas.
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