Por conta do tamanho da minha agência, é muito mais fácil que eu seja o principal responsável pelo processo seletivo: defino todos os detalhes da oportunidade, como perfil, job description e valores. Também cuido da divulgação, das análises dos currículos e das entrevistas. Me toma um puta tempo, mas é a forma mais fácil e rápida de manter a cultura da empresa evoluindo para o caminho desejado.
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Há algumas semanas compartilhei uma vaga de gestor de comunidades (na verdade, duas vagas) no Grupo Entusiastas – profissionais e empresas. Como de costume, recebi uma centena de mensagens. Tirando os tradicionais candidatos que mandam seus interesse mesmo não atendendo 10% das coisas que a vaga pede (o que só enriquece minha lista / filtro de gente sem noção), me espanta a quantidade de mensagens genéricas, escritas às pressas, sem nenhum tipo de personalização, como se o que estivesse em questão fosse qualquer coisa menos um processo para escolher um profissional adequado para o trabalho.
Dessa centena de mensagens, apenas umas três ou quatro se destacaram. Pessoas que realmente leram o tópico sobre a oportunidade por inteiro e, a partir disso, escreveram uma mensagem, com começo meio e fim, com contexto, com informações relevantes e que muitas vezes me fizeram nem querer olhar para o cv (e quando olhava, o currículo era impecável, longe das coisas genéricas que eu recebo).
Não por acaso, foram as únicas pessoas que me fizeram querer ao menos bater um papo (porque, caso não role a contratação aqui, faço questão de indicar). Ainda tenho outros candidatos listados (se não der certo com as minhas prioridades), mas acredito valer a pena compartilhar essa dica para quem está na busca por um trampo legal.
Aproveitei para listar coisas que eu considero bons diferenciais na hora de selecionar candidatos para uma entrevista:
1. Viu um trampo e ficou com vontade de preenchê-lo?
Legal, mas antes faça uma auto-avaliação e veja se você realmente atende ao que a vaga pede. Isso poupará um tempo seu e principalmente do recrutador, que certamente vai ficar puto da vida por ver seu tempo jogado fora com gente sem noção.
2. Ao invés de desfilar títulos acadêmicos e nomes de cargos pomposos,
preocupe-se em dizer nos mínimos detalhes qual foi sua verdadeira contribuição nos seus antigos trabalhos. São suas atitudes, e não os seus títulos, que vão garantir o teu sucesso.
3. Projetos pessoais são sempre um bom indicativo
de como a pessoa se vira em situações em que há poucas pessoas e grandes demandas. Que seja tocar numa banda ou mesmo uma viagem numa missão de paz.
4. Inglês fluente
Deveria ser algo comum, mas não é. Hoje é muito comum que clientes ou fornecedores tenham uma interface internacional e que o inglês seja a base da comunicação. Além disso, as principais referências do nosso mercado estão inglês.
5. Referências
Compartilhar nome e contato de quem pode falar do seu trabalho é algo que acontece raríssimas vezes, mas eu considero isso uma das maiores provas de competência.
6. Quando for falar das suas qualidades,
só apresente características que você consiga provar através de situações já enfrentadas no trabalho. Proatividade, pontualidade, capacidade de aprender rápido, resolução de problemas complexos… em alguns casos isto é básico para um profissional, mas ilustrar as situações em que isso foi exigido é a melhor coisa a fazer.
7. Trabalhos pessoais relacionados à sua área de atuação:
blog, vlog, podcast, Keynotes, participações sérias no entusiastas da social media, coisas que mostrem que você se preocupa com seu trabalho de verdade e que está sempre disposto a compartilhar conhecimento.
São dicas relativamente simples, mas quando seguidas com o devido cuidado ajudam a economizar o seu tempo, fazer com que você mantenha o foco e acerte mais.
Coloque essas dicas em prática!
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