Desenvolver a inteligência emocional no trabalho é importante para que os funcionários cumpram uma jornada profissional pautada em realizações, e o RH tem um papel fundamental nesse processo.
Ele está diretamente ligado ao desempenho e à satisfação dos funcionários. Enquanto para uns o trabalho é motivo de subsistência, para outros representa a oportunidade de se desenvolver e ter uma carreira.
Independentemente da motivação, o equilíbrio das emoções é fundamental para lidar com as dificuldades, diferenças e desafios. O papel do RH é ajudar os funcionários a escolherem caminhos saudáveis e produtivos em sua trajetória profissional.
Neste post você vai saber o que é a inteligência emocional e quais são seus princípios.Continue lendo e veja como capacitar os funcionários para desenvolverem bem a inteligência emocional no trabalho!
O que é a inteligência emocional?
No ambiente profissional, quando um funcionário é capaz de entender e gerenciar suas emoções, podemos dizer que ele está exercitando a inteligência emocional. Isso quer dizer que ele sabe lidar com os mais variados sentimentos para atingir seus objetivos.
O conceito se popularizou e fortaleceu a partir de 1995, quando o escritor, psicólogo e, também, PhD da Universidade de Harvard, Daniel Goleman, lançou a obra “Inteligência Emocional”, onde evidencia o embate entre o QE – Quociente Emocional e o QI – Quociente de Inteligência.
O ambiente corporativo engloba diferentes aspectos, entre pessoas e processos, que geram ocorrências e situações diversas. A própria competitividade é um fator que requer equilíbrio para preservar os relacionamentos no trabalho em equipe.
Ser inteligente emocionalmente possibilita que o profissional se destaque não apenas por suas habilidades e competências, mas também pela capacidade de buscar satisfação e se manter motivado, estimulando um ambiente dinâmico, harmonioso e produtivo.
Por que a inteligência emocional no trabalho é tão importante?
Nenhuma empresa terá o crescimento e o destaque merecidos no mercado, se internamente os funcionários não estiverem integrados, sintonizados e focados em juntos, alcançar bons resultados.
A inteligência emocional deve ser considerada uma potente ferramenta que, aprimorada e desenvolvida no dia a dia, seja capaz de transformar o comportamento das pessoas e torná-las multiplicadoras de bons pensamentos.
As pessoas têm inteligência emocional quando, além de lidar com seus medos, anseios, conseguem perceber como o outro se sente e ajudar a vencer os desafios. Ao longo da carreira, muitos obstáculos surgirão, impedindo o crescimento profissional.
Com o bom gerenciamento das emoções é possível que a transposição das barreiras seja menos dolorosa, ou até mesmo, visualizada com menor ênfase. A forma com que cada um escolhe enfrentar suas dificuldades e empecilhos está diretamente ligado ao equilíbrio emocional.
Quando um funcionário desenvolve a inteligência emocional, tende a apresentar uma performance mais elevada, característica de quem planeja bem suas ações e comportamentos em prol de um objetivo maior.
Quais são os princípios da inteligência emocional no trabalho?
A inteligência emocional no trabalho é sustentada por princípios que ajudam a nortear a conduta dos indivíduos. Por meio desses pilares, o RH consegue trabalhar junto aos funcionários, individual e coletivamente, suas emoções mais evidentes.
Ao promover o desenvolvimento de cada princípio é possível estimular, resgatar, recuperar e até mesmo eliminar as emoções que podem ter impacto positivo ou negativo no ambiente corporativo.
Os princípios partem da ideia de que o indivíduo é responsável pelo próprio desenvolvimento, estimulado pela força interna ou pelos treinamentos proporcionados pela empresa.
Contudo, somente ele será capaz de permitir que a inteligência emocional nos mais diversos aspectos se aflore e aprimore corretamente. O destaque para as competências e consequente avanço na carreira, dependem da correlação desses pilares em uma prática complementar contínua dentro e fora da empresa.
Autoconsciência
Quem conhece as próprias emoções saberá identificar os sentimentos e agir de acordo com seus valores e limites. Quanto mais consciente, mais fácil será estabelecer um padrão comportamental de acordo com as vivências do dia a dia.
Dessa forma, sentimentos como ansiedade, tensão, medo e raiva serão mais bem administrados diante das situações que estimulam cada um deles. A autoconsciência leva à reflexão do que se deve fazer para driblar ou equilibrar os sentimentos desagradáveis.
À medida que o profissional começa a perceber o que, como e quando se sente mais afetado por essa ou aquela emoção, encontrará meios de lidar com a complexidade emocional e agir de modo inteligente.
Esse é o primeiro passo da autodescoberta, onde cada um identifica emoções primeiro em si, para depois, começar a enxergar no outro suas deficiências e até mesmo ajudá-lo a superar seus mais difíceis desafios.
Vencer os momentos de estresse, acalmar uma equipe e direcionar as emoções, canalizando para o objetivo maior dentro da empresa, potencializa e valoriza o perfil profissional tão desejado pelas organizações — de perfeito equilíbrio entre as hard e soft skills.
Autorregulação
Não basta apenas ter consciência das emoções que influenciam o comportamento no dia a dia. É preciso saber controlar e trabalhar cada uma delas a fim de evitar conflitos ou ações intempestivas.
O segundo pilar da inteligência emocional requer maior empenho para ajustar os sentimentos aos acontecimentos. Diante de uma situação complexa, que envolve mais pessoas, ter autocontrole é essencial para a saúde mental de todo um grupo.
É preciso lembrar que toda ação gera uma reação e, sendo as pessoas diferentes entre si, pode ocorrer um desgaste das relações, pelo simples fato de não se ter desenvolvido a habilidade de respeitar o outro dentro do limite das emoções.
Em muitos casos, a participação neutra do RH pode mediar os conflitos e ajudar cada funcionário a entender seu papel dentro do contexto, sem maiores desgastes emocionais — uma premissa básica de respeito às diferenças.
Estimular os funcionários a correrem atrás dos seus objetivos é um dever da empresa em crescimento, porém, não sem antes se certificar de que os profissionais estão preparados para momentos de grande tensão e embate.
Nos passos que antecedem uma ação, o profissional deve avaliar suas emoções para uma tomada de decisão segura sobre como se comportar diante dos fatos, e assim alcançar seus objetivos alinhados com os da empresa.
Automotivação
O terceiro pilar se baseia em um dos gatilhos emocionais mais difundidos nas empresas — a motivação. Embora muitos acreditem que estar motivado depende do que a empresa oferece entre desenvolvimento profissional e benefícios financeiros, somente o próprio indivíduo será capaz de determinar seus fatores motivacionais.
O princípio da automotivação se sustenta no desejo real de promover mudanças e encontrar estímulos nas atividades realizadas. Quem se sente motivado, dá maior ênfase aos pontos positivos, mesmo quando as condições não parecem favoráveis.
O motivado tende a ver o copo metade cheio, e não o contrário. É por isso, que muitos profissionais se destacam e evoluem, mesmo que seus currículos não apresentem um grande volume de certificados ou evidências de um quociente de inteligência elevado.
A pessoa automotivada encontra sozinha fundamentos para se dedicar à empresa, e faz com que outros da equipe também acreditem que seu potencial e aperfeiçoamento contínuo podem fazer a diferença.
Empatia
Esse é uns dos princípios mais difundidos dos últimos tempos, afinal, nunca foi tão necessário se colocar no lugar do outro para entender seus sentimentos, sobretudo, de medo e incerteza.
O desenvolvimento adequado da empatia se dá por ações genuínas de ajudar o outro a atravessar momentos turbulentos sem julgamentos ou achismos. Ter empatia significa dar importância aos sentimentos alheios e auxiliar na descoberta de soluções que sejam boas para todos.
Exercitar a empatia é perceber que o que parece para si algo simples e irrelevante pode representar para o outro um turbilhão de problemas. Na empresa, o lugar do outro pode ser ocupado por aquele que se mostrou empático.
Sendo assim, quando chegar sua vez ele saberá como funciona e colocará a inteligência emocional em prática. Entender o outro e o porquê de determinado comportamento é a melhor forma de contextualizar o grupo dentro de um mesmo cenário.
Apesar de a empatia ser uma escolha, a empresa pode desenvolver esse sentimento, despertando nos funcionários o interesse de olhar para o outro como pessoa e não apenas colega de trabalho, independentemente de sua posição hierárquica.
Habilidades sociais
O último e não menos importante princípio envolve todos os anteriores, pois desenvolve as habilidades sociais em que todos estarão em algum momento inseridos e colocados em xeque.
A construção das relações saudáveis, positivas e construtivas está associada à sociabilidade, ou seja, ao quanto cada um pode ser gentil, agradável, proativo e prestativo em um ambiente de coletividade.
Do ponto de vista social, é difícil que alguém seja bem-sucedido profissionalmente se optar por viver sozinho e isolado, considerando que as interações são responsáveis pelos desdobramentos das atividades e desdobramento em resultados.
Os laços profissionais que unem as pessoas estão vinculados aos objetivos e metas, mas também à afetividade e admiração, para fortalecimento das relações interpessoais, tornando a convivência em sociedade e respeito às diferenças em algo mais prazeroso e produtivo.
As habilidades sociais permitem que as pessoas se movimentem entre grupos e cenários hierárquicos com maior desenvoltura, mesmo quando as emoções estão à flor da pele — é nesse momento que a inteligência emocional deve alicerçar as bases de um ambiente sadio e estimulante.
Como capacitar os funcionários para desenvolvimento da inteligência emocional no trabalho?
Para desenvolver a inteligência emocional e seus pilares na empresa, é preciso capacitar os funcionários e envolvê-los em uma atmosfera de responsabilidade. Eles precisam entender que somente os esforços do RH não serão suficientes se não estiverem dispostos a lapidar as emoções e equilibrar o comportamento.
Além dos funcionários, é fundamental que todos na empresa sejam agentes conscientes da necessidade de transformar o ambiente e fazer dele o melhor lugar para se trabalhar — um exercício que parte do individual para impactar no coletivo.
Veja alguns aspectos que o RH pode trabalhar a inteligência emocional no trabalho envolvendo os funcionários, a gestão e a cultura organizacional da empresa!
Fornecendo feedbacks transparentes e respeitosos
Para entender se estão no caminho certo, os funcionários precisam de feedbacks. É essencial que a gestão, junto com o RH, formule um feedback claro e respeitoso, pautado no desempenho e no comportamento da equipe.
Essa é a oportunidade que a empresa tem de alinhar as necessidades dos colaboradores, a cultura organizacional, os objetivos da empresa e corrigir pequenas ou grandes falhas para manter o quadro funcional.
Profissionais engajados e interessados em crescer e se desenvolver enxergarão no feedback um momento único de analisar sua conduta e emoções, para se conectar melhor com a equipe e com o ambiente.
Incentivando a comunicação
Falar é diferente de comunicar e, invariavelmente, vemos empresas cometendo o erro de não desenvolver corretamente a comunicação institucional, o que gera problemas comportamentais e de relacionamento.
O incentivo à comunicação ajuda os funcionários a se expressarem e dizerem como se sentem em relação às dificuldades e facilidades encontradas no dia a dia. Dessa forma, todos se ajudam e juntos encontram melhores formas de executarem suas atividades com colaboração e harmonia.
Criando equipes diversas e multifuncionais
A diversidade é um tema recorrente. As empresas que enxergarem os ganhos de ter uma equipe diversa sairão à frente de um mercado tão competitivo. A diversidade permite o aproveitamento de ideias em totalidade, provocando um desenvolvimento natural das multifuncionalidades.
Os profissionais motivados a ter uma carreira de sucesso estão mais interessados em projetos desafiadores, não detendo o pensamento nos pequenos e pouco construtivos conflitos do relacionamento humano.
Equipes diversas costumam ter, instintivamente, a inteligência emocional no trabalho, como aliada de um processo de evolução. Assim, todos trabalham em prol dos resultados coletivos, que beneficiem tanto a empresa quanto as pessoas.
Formar um time diverso, focado em realizações e bons resultados, potencializa o uso correto das emoções – considerando que o que falta em um, estará disponível em outro, em um ciclo saudável de bons sentimentos.
Capacitando líderes para lidar com situações complexas
Os líderes têm um papel primordial na gestão de pessoas e no gerenciamento de conflitos. É importante que eles saibam lidar com situações complexas e, para isso, devem aprender, antes de tudo, a lidar com suas emoções para passar calma e segurança a seus liderados.
Sem líderes capacitados nos cinco princípios da inteligência emocional, ao primeiro sinal de desgaste no relacionamento da equipe e dificuldades em conter suas emoções, dificilmente, quem estiver na liderança, evitará um clima ruim na empresa.
Um clima organizacional que não esteja harmonizado e em sintonia pode afetar não apenas o relacionamento, mas o desempenho dos funcionários e comprometer a produtividade, além de ferir a imagem que a empresa tem no mercado.
Com as técnicas e ferramentas utilizadas pela equipe do RH, será possível mapear o comportamento e a personalidade dos profissionais para encontrar a melhor forma de intervenção e desenvolvimento da inteligência emocional no trabalho.
Portanto, é possível trabalhar os principais aspectos de cada indivíduo e capacitá-lo para não lidar apenas com suas emoções, mas entender as particularidades e sentimentos alheios. A inteligência emocional no trabalho sustentada por seus pilares é o recurso que a empresa precisa para enfrentar as adversidades com maior segurança e conforto.
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