Outro dia li um artigo muito interessante na Wired sobre como o empreendedorismo feminino não se desenvolve pela indisponibilidade dos fundos de Venture Capital em investir em suas ideias. O jornalista conta, de maneira cômica, sobre como uma mulher deixou um grupo de investidores de risco em choque ao tentar vender a ideia de uma nova calcinha.
Leia também:
» Anyssa Ferreira: “Não tenha medo de programação. O código é só mais uma forma de imprimir o design”
» Vamos falar sobre mulheres e tecnologia?
» Cris Bartis e Juliana Wallauer: “Uma democracia será tão boa quanto o jornalismo que tivermos”
Segundo UN Women, as empresas que mantém três ou mais mulheres em posições sênior em cargos de gerência apresentam resultados mais altos de eficiência organizacional. Contudo, na famosa lista Fortune 500, apenas 4% das empresas de maior sucesso do mundo são lideradas por mulheres. A agência mostra ainda que, em uma amostragem de 300 startups, aquelas que possuem pelo menos uma fundadora mulher performam 63% melhor. Ainda assim, apenas 4% das mulheres conseguem o investimento que a nossa jogadora ali do começo da história procurava.
Ações para solucionar
Para iniciar a remediação desta situação e ventilar as ideias, a AngelHack – comunidade mundial de hackers – sediará em diversas cidades do mundo a Lady Problems Hackaton. Serão dois dias de inspiração, criação e desenvolvimento de soluções relacionados aos seguintes temas: saúde, segurança, empoderamento e cultura.
Para quem estiver em São Paulo nos dias 5 e 6 de novembro pode se inscrever gratuitamente aqui. E como a ideia é reunir pessoas com dispostas a mudar esse cenário, não há restrições de gênero, idade ou formação.
Esse texto é uma colaboração de Leticia Resende. Caso você também queira colaborar com conteúdos, entre em contato pelo e-mail tutano@trampos.co.